sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Primeiro post - Viagens de autocarro

O primeiro post é sempre uma coisa importante... mas o que tenho para contar não é mais nem menos que um dia comum... Começa com uma viagem num autocarro em que pessoas comuns se deslocam para algum lugar... Ao olhar para várias dessas pessoas questiono-me o que pensarão... se serão felizes... muitas delas, particularmente as mais velhas, têm expressões marcadas e fortes vincos no rosto... muitos desses vincos denotam angústias e preocupações... É como se ao olha para o rosto de uma pessoa sentada num banco de autocarro se possa dizer (ou melhor ler) aquilo por que passou e viveu. Algumas pessoas têm expressões faciais tipicamente tristes, receosas, amarguradas, raivosas... outras altivas... não sei bem se já alguma vez vi alguém feliz sozinho sentado num banco de autocarro... Serão os autocarros Lisboetas grandes máquinas de infelicidade? Ou antes máquinas de raio-x reveladoras do âmago do ser de cada um? Seja como for qualquer das duas é bastante assustadora, vou tentar manter-me longe dessas máquinas da verdade! Aponto a seguir algumas razões para a força reveladora dos AUTOCARROS:
1º estão invariavelmente demasiado cheios e não há lugar para sentar
2º abanam e chocalham demasiado, ninguém pode sentir-se bem a abanar e ainda por cima sem ter sítio para sentar ou agarrar
3º no verão têm temperaturas demasiado baixas e no verão o seu interior é húmido e bafiento, especialmente nos dias de chuva
4º é raro encontrar-se alguém feliz e para quem seja agradável olhar
5º ...
Acho que podia continuar, mas fica a lista em aberto, para quem a quiser completar